Existem 5 fatores decisivos para qualquer investimento. Sim, só 5. Eles que decidem TUDO!
Neste artigo você vai descobrir quais são eles e como planejar seus investimentos, buscando sempre os melhores resultados.
Alguns deles dependem apenas dos seus objetivos e recursos financeiros.
Porém outros estão diretamente ligados à situação econômica do país, dos juros, da inflação…
E por isso é importante sempre estudar sobre investimentos.
Esses conhecimentos é que farão a diferença na escolha dos melhores ativos em cada situação.
Os 5 fatores decisivos para qualquer investimento
Sempre que for realizar um novo investimento, pense bem sobre estes 5 fatores.
Eles são fundamentais e vão impactar diretamente o valor final que você irá alcançar.
1. Capital inicial
Não, não é a banda. ?
Esse é o valor inicial, ou valor presente.
É a quantidade de dinheiro inicial que você possui para iniciar o investimento.
2. Valor dos aportes mensais
É a quantidade de dinheiro que você está disposto(a) a investir mensalmente.
Aportes mensais são importantes para manter o equilíbrio da carteira, principalmente se você seguir a estratégia da Alocação de Ativos.
Por exemplo, vamos supor que você decidiu alocar 60% em Renda Variável e 40% em Renda Fixa.
No primeiro mês, a renda variável desempenhou melhor e, ao final do mês, a proporção ficou 63% em Renda Variável e 37% em Renda Fixa.
Para retornar o equilíbrio da carteira, você deve fazer aporte em renda fixa, para que ela volte a representar 40% da carteira.
3. Rentabilidade esperada da carteira
É aqui que a sua Educação Financeira vai fazer a maior diferença.
Se você não entende sobre esse assunto, vai aceitar a indicação do seu gerente do banco, que com certeza vai oferecer aquele fundo de investimento que rende menos que o CDI e ainda tem taxa de administração de 2% ao ano ou até mais.
Em outras palavras, quem vai lucrar é o gerente e o banco, não você.
Por outro lado, se você estudar sobre investimentos, saberá escolher as melhores alternativas para cada situação e construir uma estratégia para potencializar seus lucros.
A rentabilidade da sua carteira será a rentabilidade média dos ativos em que você escolher investir.
Você pode investir tudo em um só ativo, que rende, por exemplo, 10% ao ano. Nesse caso, a rentabilidade da carteira será de 10% ao ano.
Mas o ideal é sempre diversificar investimentos, para reduzir riscos e buscar melhores lucros.
Usar a estratégia da Alocação de Ativos vai fazer muita diferença, principalmente no longo prazo.
Vamos a um simples exemplo, para mostrar a importância de buscar melhores rentabilidades.
Uma carteira que renda 6% ao ano (valor bem conservador, considerando a taxa selic em 2018), em 20 anos terá uma rentabilidade acumulada de 220,71%.
Se você conseguir aumentar a rentabilidade para 10% ao ano, mantendo os 20 anos, a rentabilidade no período passará a ser 572,75%!! ???
Falando em “dinheirês”, se você investir R$ 100 mil, no primeiro cenário terá R$ 320.713,55 ao final do período.
Já no segundo caso, terá R$ 672.750,00!
É mais que o dobro, mesmo sem dobrar a rentabilidade anual. Essa é a “mágica” dos juros compostos!
4. Prazo do investimento
O tempo da aplicação também faz muita diferença.
Se aliado a maiores rentabilidades, seu dinheiro pode crescer bastante!
Graças aos juros compostos, o tempo atua a seu favor. Por isso é importante começar a investir quando ainda jovem.
Vamos voltar ao exemplo anterior.
Usando as mesmas rentabilidades (6% e 10% ao ano), vamos comparar a rentabilidade acumulada, aumentando o prazo do investimento.
6% ao ano, em 20 anos tinha dado 220,71% no período. Se aumentarmos para 30 anos, o total será de 474,35%!
Aquele investimento inicial de R$ 100 mil, passaria de R$ 320.713,55 para R$ 574.349,12 (79% a mais!).
Já a carteira de 10% ao ano, que renderia 572,75% em 20 anos, passa a render 1.644,94% em 30 anos!
Os R$ 100 mil, passariam de R$ 672.750 para R$ 1.744.940,23 (159% a mais!).
Sim, são quase 2 milhões! ??
Com isso, dá para perceber que o tempo sempre joga a nosso favor.
Por isso, comece a investir hoje mesmo, se ainda não investe!
5. Inflação do período
Infelizmente, temos alguém contra nós.
Enquanto o tempo joga a nosso favor, a inflação está no sentido contrário.
A inflação (medida pelo IPCA) é o aumento dos preços. É ela que reduz nosso poder de compra.
Há alguns anos, a gente pagava menos de R$ 1 por litro de gasolina ou em passagem de ônibus. Hoje pagamos mais de R$ 4.
Esse é o efeito da inflação reduzindo o poder de compra do nosso dinheiro.
E ignorar a inflação é o principal erro do investidor iniciante.
Nos exemplos anteriores, não descontamos a inflação. Ou seja, não fizemos o cálculo usando rentabilidades reais.
Você pode ver, em detalhes, como calcular rentabilidades reais neste artigo aqui.
Resumidamente, você tem que descontar a expectativa de inflação no período.
Por exemplo, se a inflação for de 4% ao ano, a rentabilidade de 6% da primeira carteira passa a ter uma rentabilidade real de 2% ao ano.
Já a carteira de 10% ao ano passa a ter rentabilidade real de 6% ao ano.
A diferença é significativa. Mas é melhor saber disso do que criar falsas expectativas para o futuro.
Mais uma vez a Educação Financeira se mostra essencial. Somente com ela você conseguirá alcanças rentabilidades melhores.
Exemplo de planejamento de investimento
Conhecer conceitos é importante.
Mas exemplos práticos são sempre as melhores maneiras de fixar o conhecimento.
Por isso vamos ver algumas situações comuns de muitas pessoas.
Comprar um carro daqui 5 anos
Ana deseja comprar um carro daqui 5 anos.
Para isso, ela pretende investir R$ 500 mensalmente e já possui R$ 10 mil.
Ela tem uma carteira que rende 8,5% ao ano e está considerando uma inflação de 4% ao ano.
Vamos esquematizar:
- Capital inicial: R$ 10 mil
- Aportes mensais: R$ 500
- Rentabilidade anual da carteira: 8,5%
- Prazo do investimento: 5 anos
- Inflação prevista para o período: 4% ao ano
Colocando na tabela:
Detalhes do Investimento | |
---|---|
Rentabilidade anual | 8,50% |
Inflação anual | 4,00% |
Período do investimento, em anos | 5 |
Valor inicial | R$ 10.000,00 |
Aportes mensais | R$ 500,00 |
Calculando as rentabilidades, conforme o conceito da mensalização, temos:
Cálculo das rentabilidades | |
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Rentabilidade real anual | 4,50% |
Rentabilidade mensal | 0,68% |
Inflação mensal | 0,33% |
Rentabilidade real mensal | 0,35% |
Com base nas rentabilidades, vamos calcular os valores finais, usando o conceito de Valor Futuro.
Cálculos dos Valores Finais | |
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Valor final bruto | R$ 51.953,46 |
Valor final real | R$ 45.733,97 |
Inflação do período | R$ 6.219,49 |
Ao final do período, Ana deve ter o valor real de aproximadamente R$ 45.734,00.
Comprar imóvel daqui 20 anos
Maria deseja juntar dinheiro para comprar um imóvel daqui 20 anos.
Ela. possui R$ 2 mil guardados e deseja investir R$ 1 mil todos os meses.
Ela criou uma carteira de investimentos que gera um retorno de 10% ao ano.
Quanto a inflação, Maria trabalha com um cenário de 5% ao ano.
Esquematizando:
- Capital inicial: R$ 2 mil
- Aportes mensais: R$ 1 mil
- Período: 20 anos
- Rentabilidade da carteira: 10% ao ano
- Inflação: 5% ao ano
Fazendo os mesmos cálculos do exemplo anterior, ao fim de 20 anos teremos:
- Valor final bruto: R$ 731.714,23
- Valor final real: R$ 401.276,92
- Inflação no período: R$ 330.437,31
Ou seja, ao final de 20 anos, Maria poderá comprar, à vista, um imóvel de cerca de R$ 400 mil.
Pagar a faculdade do(a) filho(a)
No Brasil não é muito comum, mas em países mais desenvolvidos, os pais criam poupanças para os filhos assim que eles nascem, com o objetivo de pagar a faculdade deles.
Sendo assim, vamos considerar a seguinte situação:
Carlos e Carolina tiveram um filho e decidiram investir dinheiro para pagar a faculdade dele.
O casal é bem conservador e ainda estão começando a estudar sobre investimentos. Por isso optaram por investimentos bem conservadores.
Escolheram um investimento que paga 6% ao ano.
Eles decidiram investir R$ 300 todos os meses, por 18 anos, começando do zero, pois não têm dinheiro guardado.
A inflação no período está prevista para 4,5% ao ano.
Vamos aos números:
- Capital inicial: R$ 0
- Aportes mensais: R$ 300
- Período do investimento: 18 anos
- Rentabilidade da carteira: 6% ao ano
- Inflação: 4,5% ao ano
Ao final do período, os valores serão estes:
- Valor final bruto: R$ 114.287,82
- Valor final real: R$ 73.862,82
- Inflação do período: R$ 40.425,00
Quando o filho deles tiver 18 anos, o casal terá quase R$ 74 mil para pagar a faculdade dele.
Conclusão
Independente do investimento, são sempre estes 5 fatores que definem o valor final:
- Capital inicial
- Aportes mensais
- Rentabilidade do investimento
- Prazo do investimento
- Inflação
Com essas 5 informações em mente, você pode planejar qualquer investimento e estimar o valor futuro.
Bons investimentos!